terça-feira, 2 de janeiro de 2024

GTA: San Andreas


        Hoje vamos falar do jogo que é, sem sombra de dúvidas, o ápice do PlayStation 2 e, provavelmente, o jogo mais relevante da primeira década dos anos 2000. Lançado em 2004, "Grand Theft Auto: San Andreas" (ou simplesmente "GTA: San Andreas") entrou para a história dos videogames e conquistou um cantinho no coração e nas memórias de todos aqueles que o jogaram à época.
        Na análise de hoje, vamos entender e relembrar como e por que GTA: San Andreas se tornou o jogo – não "um", mas "o jogo" – que marcou gerações inteiras e, até os dias de hoje, é considerado imbatível em muitos aspectos. Desde o seu mundo aberto, passando pelas músicas geniais das rádios, até a história envolvente, não existe nada que se compare a GTA:SA.
        Para entendermos a fundo, trago aqui duas análises completíssimas de dois youtubers que fizeram um trabalho maravilhoso, explicando tim tim por tim tim do que, exatamente, torna GTA:SA inesquecível. A primeira análise é do vídeo "Por que GTA: San Andreas é tão marcante? (Nostalgia GTA)", do youtuber Holmes. Veja a seguir.
        O GTA San Andreas: muitos jogaram no PlayStation 2 na época de moleque; outros, nas incríveis Lan Houses; e uns só conseguiram jogar quando o game saiu para celular. Em questão de portabilidade, GTA:SA está no mesmo nível de Skyrim, porque esse GTA tem para todos os consoles; se duvidar, até no seu microondas roda.
        Mas a questão é: por que um game tão velho ainda é tão ativo e tem uma comunidade tão grande, que, mesmo depois de anos, ainda é bastante ativa? Por que o GTA:SA é um jogo tão marcante? Vou falar sobre as coisas que realmente o alavancaram e fizeram GTA:SA ser o jogo que ele é hoje; aqueles pontos que fizeram diferença e que marcaram a gente durante muito tempo.

1. Liberdade
        De longe, o que mais chamou a atenção, na época do lançamento do GTA:SA, foi a incrível liberdade que o jogo te dava e a incrível variedade do que você poderia fazer no game. Você poderia ser muito bem um policial, um ladrão, um enfermeiro, um motorista, um bombeiro e muitas outras coisas que faziam ter uma gigantesca imersão no jogo, além das três gigantescas cidades que o game te disponibilizava: Los Santos, San Fierro e Las Venturas, cada uma com uma pegada diferente, com biomas e até NPCs diferentes, que faziam perder a noção do tempo com tanto conteúdo e coisas para serem exploradas. Mistérios, easter eggs, curiosidades: era só um pouco do que aquele mapa incrível escondia.
        Os veículos de GTA:SA também eram grandes atrações, que faziam literalmente você se esquecer das missões principais e simplesmente "ficar por aí" andando de moto, de carro, de JetPack ou até de avião-caça. Me diz aí quem nunca pegou uma moto no GTA:SA, sintonizou naquela radiozona insana - que só tinha músicas tops, meus amigos - e ficou dando voltas pelo mapa, sem rumo, apenas curtindo o momento.
        Eu acho que você já entendeu a magnitude de quão vasto é o mundo aberto de GTA:SA. Isso porque eu nem falei das guerras de gangue, sistemas de relacionamento, armamentos e, meus amigos, até bilhar (sinuca) a gente podia jogar, já pensou? Também tinha aquelas corridas que a gente podia fazer quando a perícia com o carro ia aumentando
        E lembrando que tudo isso era rodado no PS2, que rodava estralando, e isso era uma coisa fora do comum, já que quase todos os games da época eram lineares, como "Resident Evil 4", "God of War", "Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3", "Downhill Domination" e muitos outros, que eram jogos bons, realmente, mas que não tinham o mundo aberto, nem te davam liberdade para estar fazendo algumas escolhas. Claro que também existiram outros games de mundo aberto, mas nenhum com a densidade de GTA:SA; o único game que chegou perto disso foi o "Bully", que também tinha um mundo aberto fenomenal.
        Na minha opinião, o mundo aberto e a liberdade que o GTA:SA deu foi um dos principais motivos de o game ser tão bom e até hoje o game ser usado como conteúdo, tanto no Youtube quanto para a galera nova que nunca jogou e está a fim de jogar o jogo.

2. Detalhes
        A gente sabe que a Rockstar Games sempre caprichou nos detalhes dos seus games, mas o que ela fez com GTA:SA foi absurdo demais, se considerarmos que o game foi planejado para rodar num PS2. E esses detalhes realmente fazem a diferença na gameplay, já que eles dão muito mais imersão pro player. Por exemplo: em uma missão , se o C.J. estiver um pouco acima do peso, ele não vai conseguir fazer a missão, porque ele vai estar muito pesado para conseguir voar com a JetPack. E isso era uma parada totalmente absurda na época, já que a maioria dos games não tinha esse nível de detalhamento.
        Embora às vezes sejam detalhes que ninguém percebe, eles fazem total diferença na gameplay. E esses detalhes, de toda forma, mudam a maneira que o jogador interage com o game, já que ele vai ficar curioso e tentar achar mais coisas, mais detalhes, mais segredos. Um exemplo disso são os próprios canais do YouTube, como o GigaTon Games, em que ele mostra segredos e detalhes de GTA:SA que você nunca imaginou existir. Ou seja, o detalhamento e o polimento que o GTA:SA teve na sua produção ajudou muito a imortalizar o jogo.

3. Personagens e história
        O GTA:SA se tornou o que ele é hoje graças à sua incrível história e por ter muitos personagens carismáticos. Vai me dizer que você nunca viu um meme do C.J. por aí na internet ou então aquela clássica fala do Big Smoke: "All we had to do was follow the damn train, C.J.!"
        O GTA:SA é infestado de personagens carismáticos para caramba, como o misterioso The Truth ou então o maluco que dá aquelas missões horríveis para você, que é o Mike Toreno, além dos membros da Grove Street, o Sweet, o Big Smoke e o Ryder. A questão é que o jogo desenvolve bem cada um desses personagens, mostrando todas as faces deles. Quando eu era moleque, eu era amarradão no Ryder, só pelo estilo dele de andar, de agir, só pela drip, sabe?
        E o Modo História do game? Acho que o GTA:SA foi o primeiro jogo que eu joguei que eu realmente foquei em entender o que estava acontecendo ali. Isso porque de alguma forma o jogo atiçou a minha curiosidade para eu entender certas coisas que aconteceram no game. Por exemplo: quem tinha matado a mãe do C.J.? E por que o Big Smoke não morava mais na Grove Street?
        O Modo História vai te envolvendo, coisa que eu sinto falta nos jogos de hoje em dia, que pecam em questão de história, aqueles que literalmente falam tudo logo de cara, toda a história, tudo que está acontecendo naquele mundo, coisa que deixa o game meio chato, já que você não vai ter aquela emoção de descobrir aos poucos o que está acontecendo ali. E o GTA:SA faz isso muito bem, já que ele vai te dando pistas no começo do game sobre o futuro da história e, aos poucos, ele vai te revelando mais e mais. Tanto que as comunidades de GTA:SA focadas no Modo História ainda são bem ativas.
        Das missões do jogo nem se fala. É cada missão, que às vezes você para e pensa: "É sério que o C.J. vai fazer isso, cara? É sério que ele vai invadir uma base militar para roubar um negócio que o maluco nem sabe o que é?" Talvez por essa e outras o Modo História de GTA:SA é tão bom. E por incrível que pareça, ainda há pessoas que não curtem o Modo História do jogo, acreditem se quiser.

4. Easter Eggs e Mistérios
        Essa aqui é uma menção bem honrosa, já que realmente algumas coisas aqui foram frutos da criatividade da comunidade. Na necessidade de mais coisas no GTA:SA, a comunidade acabou criando vários mistérios e lendas urbanas dentro do game, como o mistério do Pé Grande, do possível Serial Killer do game, os OVNIs na Área 51, o Bar dos Aliens no deserto. Várias teorias como essas foram criadas e, por muito tempo, foram alimentadas com vídeos fakes na internet. Isso porque o mundo de GTA:SA é muito grande; realmente, de vez em quando, coisas meio sinistras podiam ser encontradas no mapa. Mas muitas dessas lendas não passam de pulgas atrás da orelha, infelizmente.
        E dos Easter Eggs – referências secretas – nem se fala. O game veio repleto de menções a rappers, a filmes, a tudo, galera. Até o Easter Egg que dizia "aqui não tem um Easter Egg" foi encontrado; que, para quem não sabe, é em cima daquela ponte [vermelha] de San Fierro.
        E grande parte do sucesso de GTA:SA realmente veio dessas lendas e mistérios criados pela própria comunidade, e que formaram um nicho diferente no game.

5. Conclusão
        A questão é que GTA:SA é um jogo completo: tanto em história, quanto em jogabilidade e portabilidade. E por ser realmente único, continua fazendo fãs até hoje.
        De fato, em termos de mundo aberto e detalhista, GTA: San Andreas foi absolutamente pioneiro. Essa sempre foi minha parte favorita: explorar e aproveitar a liberdade que o jogo oferece. Quando criança, eu costumava visitar meu primo, que tinha um PlayStation 2 naquela época, e passar horas a fio explorando o mapa de GTA:SA, apreciando cada detalhe. Mesmo após conhecer o mapa como a palma da minha mão, continuava descobrindo detalhes e segredos anteriormente não percebidos. Ainda hoje, ao voltar às raízes e jogar GTA:SA no PC (com a vantagem de poder jogar online, com o GTA: San Andreas MultiPlayer, ou simplesmente GTA:SAMP), me divirto explorando e descobrindo os detalhes espalhados pelo imenso mapa.
        Minha paixão por fotografia, cultivada desde a infância, encontra um paralelo fascinante no jogo. Desde pequeno, enquanto explorava o mundo de GTA:SA, eu fazia questão de registrar com a câmera do C.J. as minhas perspectivas., imortalizando as cenas e paisagens que me encantavam. Agora, anos depois, mantenho um blog exclusivo para compartilhar essas fotografias de GTA:SA. É uma forma de expressar minha paixão pela fotografia, mas no contexto deste microverso gamer. Cada foto é um pedaço da minha experiência, uma janela para ver GTA:SA sob minha ótica pessoal.
        É um jogo que, em sua amplitude e detalhismo, transmite uma enorme sensação de tranquilidade e de imersão. Não é apenas um jogo, mas uma outra realidade a ser desbravada, produzida nos mínimos detalhes – ainda que haja as limitações gráficas próprias da época.
        Quanto aos Easter Eggs & Mistérios, essa parte da comunidade online de GTA:SA é extremamente curiosa. Há muitas teorias: algumas falsas, outras explicadas por bugs e algumas que até fazem sentido. De qualquer maneira, todas são fascinantes e vale a pena dar uma aprofundada no assunto. Felizmente, o youtuber @Renatows fez um vídeo completíssimo, "O Iceberg de GTA: San Andreas" (22 minutos), destrinchando esse tema. Esse vídeo é essencial para fãs de GTA:SA e você pode assisti-lo clicando na imagem logo abaixo. Ao assistir ao vídeo, você percebe que a influência de GTA:SA é tão marcante que um dos easter eggs foi concretizado na Ponte Golden Gate de São Francisco (CA), na vida real – um exemplo perfeito de quando "a vida imita a arte".


      Lembram da pirâmide negra em Las Venturas, com sua imponente esfinge egípcia? Um ícone para qualquer jogador de GTA:SA... Tal monumento majestoso é, na verdade, uma réplica virtual do Luxor Hotel and Casino, um marco de Las Vegas no mundo real. Esta representação em GTA:SA é uma verdadeira celebração da linha sutil entre realidade e ficção, um testemunho da habilidade do jogo em refletir e homenagear locais emblemáticos.
        Bom, agora peço que o leitor segure o fôlego, pois iremos conferir uma análise ainda maior que a primeira: vejamos a análise feita pelo youtuber Peter Jordan, do canal Ei Nerd: "Por que GTA: San Andreas é o melhor?" Garanto que a leitura vale a pena.
        A franquia GTA, como um todo, é uma das franquias mais populares do mundo dos games; e dentro dessa franquia, o GTA: San Andreas é o favorito de uma parcela gigantesca dos fãs. GTA V pode até estar no topo das paradas, não só da franquia GTA, mas também dos games de maneira geral; ele e Minecraft competem, brigando pelo topo da lista dos jogos mais vendidos e mais influentes na história da indústria. Mas, antes desse monstro (GTA V) ser lançado, o GTA favorito da maioria da galera era o GTA: San Andreas.
        Quando GTA: SA foi lançado, os maiores exemplos de jogos de mundo aberto eram justamente os games anteriores da franquia: GTA III e GTA Vice City. Os dois são jogos excelentes, são muito bons, têm vibes únicas, extremamente marcantes. Mas o GTA: SA tem um diferencial: ele explora a Califórnia e a lei das ruas. E trouxe uma das temáticas mais envolventes que a franquia já teve: em vez de explorar as máfias, no estilo O Poderoso Chefão ou Scar Face, a gente agora está lidando com gangues, bandidos de rua, drogados, policiais corruptos e racistas, e por aí vai. Isso já chamou a atenção e cativou a galera, que ficou interessada em saber mais da luta da Grove Street para se reerguer.
        Outra coisa que chamou a atenção nesse game foi a variedade de coisas para se fazer. A primeiríssima coisa que está lá disponível para a gente fazer, quando acaba a cena inicial do jogo, é pegar uma bicicleta. Essa foi a primeiríssima vez que a gente pôde pegar um veículo não motorizado no GTA. Parece uma parada simples, mas é a simplicidade fazendo a diferença, porque mostra que eles estão indo mais na intimidade da parada. Eles querem ser mais detalhistas na construção desse mundo. Quando a gente começa a explorar a cidade, descobre várias coisas para se fazer: a gente pode cortar o cabelo, fazer a barba, fazer tatuagem; malhar para ficar estilo saradão, comer para caramba até ficar gordão; ir para a balada, pode namorar... A lista continua... A gente pode trocar de roupa, e não são roupas pré-selecionadas igual ao Vice City; estou falando de ir na loja, entrar no provador, trocar peça por peça... Camisa, calça, tênis, luva, boné, óculos, cordão; o que você quiser, dá para trocar. A gente pode personalizar a aparência do C.J. E tem o diferencial de que cada loja tem peças de roupa diferentes, para deixar mais realista, o que é muito legal. A gente pode trocar de roupa a hora que a gente quiser também; basta voltar para casa e ir para o armário. Para a época, isso é muito top, top demais; poucos games tinham esse nível de personalização. Fora que, pela primeira vez na franquia, o nosso personagem podia nadar [e mergulhar]! Se você só joga os jogos atuais, você não tem noção da diferença que isso fez.
        Outra coisa que é bem legal nesse sentido de ambientação é a opção de comprar casas. Tem casas compráveis espalhadas por todo o mapa do jogo. Basta a gente reunir grana e comprar. A sensação de você conseguir comprar aquela casa na praia, ou aquela mansão nas montanhas, é priceless (sem preço); só quem jogou vai entender o que estou falando agora.
        Ah, e tem também os veículos. GTA: SA tinha a maior quantidade de veículos da franquia até então, até aquele momento. A gente podia pilotar carro, moto, caminhão, bicicleta, jetski, barco, lancha, avião, jato, helicóptero, veículos de fazenda, tanques de guerra e até mochila a jato, a JetPack! O cheat (código) do JetPack é bom demais. Tinha até como pular de paraquedas. Mas assim, o cheat do JetPack... Eu não me lembro de ter encontrado qualquer JetPack em qualquer outro jogo. É muito satisfatório estar lá, voando pela cidade... É demais.
        E o C.J. é outro motivo para o pessoal amar esse game. Talvez o personagem mais amado da história dos games; pelo menos para muita gente. Carl Johnson é um dos protagonistas mais carismáticos da franquia, se não for o mais carismático de todos. Um cara em conflito entre mudar de vida e viver as raízes dele. Ele é perfeito, ele é um gangster, metido em paradas erradas direto. Quando tem que matar, ele mata. Comete vários crimes durante a história, mas ele é gente boa para caramba. E, acompanhando a história dele, a gente se sente próximo do personagem.
        Mas não é só o C.J. que ganhou a simpatia da galera. O elenco todo do GTA:SA é sensacional: Sweet e a devoção dele pela gangue; o traidor do Big Smoke; o pilantra safado do Keplin; o drogadão do The Truth; o chinês cego Use; a maluca da Catalina e assim por diante.
        Uma coisa que GTA:SA tem de melhor que os outros títulos da franquia é o mapa. Dessa vez, a gente não está só mais numa cidade; estamos num estado. No GTA III e no Vice City, vamos liberando cenários conforme passamos nas missões. Mas essas áreas liberadas são apenas novas regiões da mesma cidade em que o jogo se passa. No GTA:SA, também temos áreas que liberamos com o tempo, mas essas áreas são cidades inteiras. Começamos o jogo com Los Santos, depois vamos para San Fierro e, após isso, para Las Venturas; isso fora a área rural, que também podemos visitar. Nossa, lembrando, é bom demais. Ou seja, galera, esse é o jogo com a maior variação de cenários de toda a franquia. Eu diria que tem mais variação até do que GTA V, mesmo com o mapa bem menor.
        E o mais louco é que GTA:SA foi o único GTA que fez isso até hoje. Depois dele, veio o GTA IV e as expansões deste, que se passam só em Liberty City; e depois veio o GTA V e o GTA Online, que se passam só em Los Santos e nos arredores ali. GTA:SA é o único GTA onde podemos ir e vir à vontade em três cidades grandes. Isso até hoje é um grande diferencial.
        GTA:SA tem uma vibe que poucos jogos trazem. Além da ambientação top, que é a Califórnia, tem também a questão do jogo se passar nos anos '90. Assim como um dos maiores charmes do Vice City é se passar nos anos '80, um dos maiores do San Andreas é se passar nos anos '90. Os carros, as músicas, os estilos de roupa: tudo remete aos anos '90.
        Sobre a gameplay, nem tenho muito o que falar. O jogo tem praticamente as mesmas características dos jogos anteriores, o que significa que só mantiveram o que já era bom. E olha que nem falei das coisas que os próprios fãs fizeram com o jogo. Quem não lembra dos MODs de GTA:SA? Os famosos GTA: Rio de Janeiro e GTA: São Paulo? Ou os mais loucos, como o GTA: Dragon Ball?
        Não é à toa que GTA: San Andreas é considerado o melhor GTA de todos. Mesmo com a nova geração chegando poucos anos depois, esse jogo continua marcado. Até porque a Rockstar optou por outra pegada no GTA IV, e por causa disso, vários elementos que fizeram os fãs amarem GTA:SA foram tirados do novo jogo. A galera reclamou e boa parte do que foi tirado no GTA IV foi colocada de volta no GTA V. Aliás, o GTA V é quase que uma sequência direta do GTA:SA, já que é a mesma ambientação e aborda temas parecidos. Mesmo tendo universos diferentes, vemos que são meio parecidos.
        Mas mesmo GTA V tendo quase tudo que o GTA:SA tinha e vendendo muito, mas muito mesmo, GTA:SA ainda é o favorito de muita gente. Michael, Franklin e Trevor não conseguiram superar o carisma do C.J. Estou certo ou não? E a história dos três bandidos desleixados não cativou tanto quanto a história da Grove Street Family. Muita gente deve discordar disso, mas GTA:SA é um dos, senão o melhor GTA, e o mais importante da franquia. Ele virou padrão de qualidade. E mesmo o GTA V melhorando praticamente tudo que o San Andreas trouxe, isso não tirou o brilho deste, que é um dos jogos mais brilhantes da história dos videogames.
         Para concluir, precisamos falar sobre as rádios. Na história mundial dos videogames, a única coisa que pode competir com a experiência musical de GTA:SA é a trilha sonora da trilogia Donkey Kong Country, de Super Nintendo. Fora essa importante exceção, não existe nada que chegue ao nível das músicas das rádios de GTA:SA. A coisa mais épica possível é dirigir por aí, ou mesmo pilotar, seja fazendo missões, seja explorando por diversão, enquanto a rádio colore a atmosfera do jogo com as melhores músicas possíveis.
        Nesse sentido, eu não poderia deixar de exaltar o que eu, particularmente, considero serem as melhores estações das rádios do jogo: a K-DST, que apresenta o ápice do Rock Clássico, e a K-Rose, o puro creme do Country Music americano. São músicas que até hoje estão na minha mente e que, ao ouvir, imediatamente me remetem à época de ouro da minha infância, em que eu passava longas tardes jogando GTA:SA no PlayStation 2 do meu primo.
        Em homenagem a essa obra-prima dos games que é o GTA: San Andreas, tenho dois projetinhos. O primeiro deles é uma playlist no Spotify dedicada a reunir as melhores músicas do GTA:SA, principalmente dessas duas rádios mencionadas acima, mas não apenas. Você pode ouvi-la clicando aqui. E o segundo projeto, já mencionado anteriormente, é o blog em que posto fotografias que faço dentro do jogo, com a câmera, retratando detalhes e ângulos que me inspiram a continuar apreciando e exaltando o legado do jogo, em toda a sua amplitude e atmosfera. Você pode conferir essas fotos clicando aqui.
        Bom, é isso. Com a ajuda dessas maravilhosas análises dos youtubers, acredito ter conseguido abarcar o principal de tudo aquilo que torna GTA:SA um "ponto fora da curva", um marco na história dos jogos. Mas, é claro, você só irá entender tudo isso que estamos dizendo quando jogar – seja pela primeira vez, seja retornando à nostalgia do jogo após muitos anos. E aí, está esperando o quê?

NOTA:
9,5
/10